domingo, 30 de dezembro de 2012

Dilemas de quem escreve uma tese (ou então sou eu que sou perversa)

Uma pessoa envia um mail ao seu orientador. Quer terminá-lo de forma simpática e escreve "Boas entradas". Relê. Reconsidera. Apaga e substitui por "Feliz ano novo".

A sério, não me sinto confortável a desejar "boas entradas" ao meu orientador de tese.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Porque eu também fui aos saldos

Ou melhor, eu achava que ia. Mas pegar numa blusa que custava 19,90€ e ver lá colado um papel cor-de-laranja fluorescente com um grande "17,90€" lá escrito, como se nos estivessem a fazer um grande favor, não são saldos. É gozar com a malta. Mas adiante. Aqui ficam as ideias-chave desta tarde:

1. Durante os saldos há duas palavras que queimam como ferro em brasa e das quais uma gaja deve fugir como o diabo foge da cruz. São elas: "Nova Colecção".

2. Calças de ganga sem rasgões e esfoladelas, não há? Já agora, sem tachas, sem emblemas, sem bordados e sem paneleirices. Eu só queria... Umas calças de ganga simples. Todas de ganga e sem buracos. Há alguma loja (de preferência no planeta Terra) que tenha umas?

3. Dizia a empregada de uma loja que aquilo era um "Safari gratuito". Tive de pensar um segundo e meio para concluir que aquilo era uma maneira de comparar o primeiro dia de saldos à selva. Boa piadola! Gostei, pá! Se aquilo era a selva, então eu assumo já o papel de chita, uma vez que saí a correr de praticamente todas as lojas.

4. Alguém que me avise quando efectivamente começarem os saldos, pode ser?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Só vos dou conselhos sábios

Nesta época natalícia façam um favor a vocês próprios e sejam sinceros: se forem às compras com aquela amiga/vizinha/prima com péssimo gosto, resistam à tentação de responder "Siiiim" de cada vez que ela pega num artigo qualquer e vos pergunta "é tão giro, não é?"
É que nesta altura do ano, isto pode bem ser um teste para a compra da vossa prenda. Para confirmar se vocês gostam, estão a ver?
Depois queixem-se que receberam um cão de louça. Ou um galheteiro. Ou umas leggings com padrão zebra numa perna e padrão tigresse na outra.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A melhor maneira de se redimirem dos vosso pecados

Jovens, se acham que têm sido maus meninos ultimamente, tenho a solução ideal para se auto-penitenciarem: ide até à Primark em época natalícia. Por cada 5 minutos lá dentro ganham 3 cm2 de um lugarzinho no céu. E se levarem encontrões têm bónus. Ah, se conseguirem estar lá mais de meia-hora sem terem impulsos assassinos têm direito à nuvem mais fofa do Paraíso.

Eu fui lá hoje e ontem. DUAS VEZES EM DOIS DIAS. Estou aqui com uma auréola absolutamente espectacular! Acho que a minha canonização está para breve.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sabes que tens medo de um professor...

... Quando estás a pôr as letras do título de um trabalho a azul e depois pensas que ele pode eventualmente ser do Benfica e odiar o FCP. E consideras seriamente a hipótese de mudar a cor das letras para algo menos clubístico. Depois percebes que estás a ser idiota e deixas ficar como está, que está tão lindo.

(Se eu um dia for professora também vou inspirar o terror nos meus alunos. E vou criar os meus próprios critérios: rapazes que usem t-shirts de mangas cavas CHUMBAM! Gajas que usem padrões tigresse CHUMBAM! Pessoas que comam sem engordar... Bem, no que depender de mim, nunca hão-de acabar o curso!)

domingo, 18 de novembro de 2012

Não há por aí um curso superior de Análise Publicitária?

É que se houver (e não me admirava nadinha, que como isto está qualquer dia até inventam uma Licenciatura em Tirar Macacos do Nariz - parecendo que não, é uma ciência!), eu concorro já! Acho mesmo que teria um talento natural e escusava de me matar a estudar como faço para tirar o curso em que efectivamente estou.

Passo então a explicar a origem da minha pergunta: estava eu fascinada a ver anúncios de TV (eu adoro ver anúncios de TV, funciono ao contrário do resto do mundo e fico contente quando chega o intervalo) quando me deparo com o anúncio do Continente. Se não era do Continente era de outro supermercado qualquer. Não interessa. Pronto, o anúncio diz qualquer coisa como "A alegria do João (filho) é o que interessa ao José (pai). O sorriso do José é o que interessa ao António (filho). Mimar toda a família é o que interessa à avó Maria! E produtos aos melhores preços é o que me interessa a mim (mãe)".

É de mim ou há aqui uma clara falta de afectividade por parte daquela mãe? Ora então, o pai quer ver o filho feliz, o filho quer ver o pai contente, a avó até se esfola toda se for preciso só para ver a família bem-disposta (eu ia dizer "até dá o cu", mas depois achei que parecia mal... Afinal, estamos a falar de uma avó). E a mãe... A mãe quer é preços baixos. MATERIALISTA! INSENSÍVEL! Sai mas é da loja e vai dar atenção à tua prol, sua consumista!

Vou avisar a Segurança Social sobre esta situação da família do Continente. Só para eles andarem de olho, pelo sim, pelo não...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Uma gaja tem de ouvir cada coisa...

O meu namorado disse-me há dias que eu não teria dificuldade nenhuma em fazer o trabalho que a Teresa Guilherme faz a apresentar a Casa dos Segredos. Diz ele que eu estaria lá "na maior".

Acho que era suposto ser um elogio.

Estou deprimida.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Os grandes desafios do meu dia-a-dia

Se eu vos disser que comprar um limão foi a coisa mais difícil que fiz ontem, vocês acreditam?

Não, não tenho uma vida desocupada e sem problemas para resolver.
Não, não me esqueci do porta-moedas em casa.
Não, não fui expulsa do supermercado por ter andado a correr nua lá dentro (mas pensando bem, até que é uma boa ideia!)

Eu tenho simplesmente uma grave, enorme, séria, diria mesmo patológica... Dificuldade em abrir sacos de plástico. Sobretudo aqueles nos quais se põe a fruta. Portanto, se virem uma gaja com um ar apavorado a arrancar um saquinho e a dar três voltas inteiras à secção da fruta e legumes antes de pôr o que quer que seja lá dentro... Não tenham dúvidas. Sou eu. Venham ter comigo e eu dou-vos um abracinho, está bem? E, já agora, peço-vos para me abrirem os restantes sacos de que precisar...

(Pelo menos já tenho pretexto para me livrar da tarefa das compras da mercearia quando me casar e tiver filhos... basta dizer "Oh, querido, lamento imenso, mas tens de ir tu às compras... Eu gostava muito, mas não posso, não consigo abrir os sacos para comprar frutas e legumes para os nossos meninos... E isso não pode ser! Ou queres que eles tenham carências vitamínicas, hein? Não és um pai desnaturado, pois não?")

domingo, 4 de novembro de 2012

Alguém me arranja um paninho do pó, por favor?

É que eu tive um ataque de asma assim que entrei aqui no blogue, de tão empoeirado que isto anda. Juro que até vi por aqui uma aranha ou duas, mas já lhes mandei dois berros e disse-lhes para irem passear para outros blogues. Por isso, pelo sim pelo não, estejam atentos.

Pois é, já é bem tarde. Uns já dormem, os outros foram córtir a night, outros estão a fazer o amor e eu estou aqui a debater-me com alguns dramas internos (costumo fazer as minhas grandes decisões de vida durante a madrugada). São eles:

- Está a chover e é bom adormecer a ouvir a chuva... Mas, por outro lado, acabei de passar uma data de músicas novas daquelas mêmo mêmo bouas para o mp3 e também me apetecia deitar-me no quentinho com os phones nos ouvidos... E agora, hein? Como é que uma gaja toma uma decisão deste calibre?

- Estou apaixonada por uma camisa transparente que vi hoje numa loja. Acontece que eu tenho um princípio de vida que não me permite usar camisas transparentes porque (a menos que queira parecer uma profissional do sexo) isso implica usar um top ou camisola por baixo. Ora, não anda aqui uma gaja a tentar ter alguns cuidados com a linha para depois vestir uma camisola extra que a vai enchouriçar só porque o raio da camisa é transparente! Portanto, acho que este é um amor proibido. O meu coração não está a aguentar tanta dor. Adeus, camisa... Podíamos ser muito felizes juntas se tu não fosses mais reveladora do que era suposto. Espero que encontres alguém que te ame tanto quanto eu.

Como vêem, estou cheia de dilemas profundos (e acabou de me surgir um novo, que é estar cheia de sede mas não me apetecer desalapar o rabo da cama para ir buscar um copo de água. Se alguém me quiser fazer esse jeitinho...)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Nunca uns desenhos animados fizeram tanto sentido

Temos mesmo um fantasma Gasparzinho a assombrar-nos! Só não é tão simpático, nem tão fofo e muito menos camarada (o gajo até é de Direita e tudo!) como o dos desenhos animados.


O episódio de hoje chama-se "Gasparzinho e o Orçamento de Estado" e promete assustar até os mais corajosos! Vai ser um arrepiante filme de terror, cheio de almas (de)penadas! Não percam, amiguinhos!

sábado, 13 de outubro de 2012

Até os faróis estão a sair do armário

Estava eu aqui embrenhada numa relação de amor e paixão com a minha tese ao som da TV, quando ouvi qualquer coisa sobre "faróis bixonas" no anúncio a um carro.

Mas afinal parece que eram bi-xénon. Não ando a ouvir nada bem...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Os conselhos que vos deixo

Aquela malta com dificuldade em ser fiel com o coração demasiado grande para albergar um só amor devia pelo menos dar-se ao trabalho de tentar arranjar sempre namorados e amantes com o mesmo nome. Não deve ser assim tão difícil! E assim não havia aquela coisa aborrecida de se ser acordado a meio da noite com a cara-metade a gritar apaixonadamente pelo nome de outra pessoa no meio de um sonho. Aliás, era uma medida óptima para tornar os casais mais felizes. Estão a imaginar? Ela a gritar "Zé, Zé, ooohhh Zééé!" durante o sono, e o Zé Carlos a ficar todo embevecido e a pensar "oh, a minha garina curte bués de mim", sem sequer imaginar que nos sonhos da miúda se encontra naquele momento o Zé Manel. Todo nu.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Não sei se me devo preocupar...

Estou a escrever uma Tese de Mestrado sobre um tumor raro, mas sinto que estou a ficar mestre é a Inglês. Nunca na minha vida tinha consultado tanto dicionário, tanta gramática, nunca eu tinha perguntado tantas vezes a quem me rodeia "olha lá... Sabes o que é que isto quer dizer?". Ando a acrescentar uma catrefada de palavras novas ao meu repertório linguístico!
Sobre o dito tumor... Bem... Sei umas coisitas. Algumas. Poucas. Mais ou menos, vá.

(há tempos escrevi aqui no blogue uma lista de entidades a quem agradeceria na minha tese. Não me posso MESMO esquecer de pôr lá "Tradutor do Google". Às vezes é um grandessíssimo burro idiota, mas outras vezes dá tanto jeitinho, abençoadinho seja!)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Conclusões brilhantes

Amiga: Só tenho uma justificação para a teoria da reencarnação.

Eu: Então?

Amiga: Ora então, se a população tem vindo a aumentar, não haveria almas suficientes para tantos corpos... Portanto, as almas fragmentam-se. Tens mais alguma hipótese?

Eu: Tenho... Os dinossauros reencarnaram em corpos de pessoas.

Amiga: Boa. Sempre achei que havia um Tyrannosaurus rex em mim.

Eu não sei se ela tem ou não um desses bichos dentro dela (que ela até é uma moça toda modernaça), mas de repente passou a fazer muito mais sentido para mim existirem pessoas retrógradas e antiquadas... Com a alma de um dinossauro a habitar-lhes o corpo, estavam à espera de quê?

terça-feira, 2 de outubro de 2012

E é por cenas destas que eu gosto tanto das minhas amigas

Amiga (com voz de grande excitação): Olha, está ali um gajo tão giro! Ai, tão giroooo!! Aquele ali, que está a fechar a mala do carro! Olha, e vai entrar aqui no café!

(Pausa de uns segundos)

- Hey, espera lá, está a tornar-se menos giro à medida que se aproxima... Cada vez menos giro... Cada vez menos giro... NÃÃOOO! Páraaaa! Volta para trááás! - e dito isto mete as mãos em frente à cara, em atitude defensiva. Até estava a ver que ela ia fazer como o outro das barbas grandes do Senhor dos Anéis e gritar "YOU SHALL NOT PASS!"

(Entretanto o suposto deus grego entrou mesmo no café e era realmente feio como os trovões, coitadinho do rapaz).

Amiga (com ar decepcionado, enquanto o jovem pedia o seu café): Eish, nem a voz se aproveita!

(Gajo supostamente giro que afinal era feio toma a sua bica e volta para o carro).

Amiga (com voz melosa): Oooolha... Já é tão giro outra vez...

Não pude deixar de pensar que eles deviam ter trocado nomes e contactos. Seriam um caso de sucesso no que toca a relações à distância... No verdadeiro sentido da expressão.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

E hoje é Dia Mundial...

... Do Vegetarianismo!

Pois é, se não sabiam ficam a saber. Eu acho muito bem que haja um Dia Mundial do Vegetarianismo, mas entretanto pus-me a pesquisar sobre o assunto e descobri que também existe o Dia Mundial sem Carne, o que já me parece um bocadinho discriminatório, dado que não consegui encontrar nenhuma data em que se comemore o Dia Mundial com Carne. Ou o Dia Mundial da Cabidela. Ou do Pernil de Porco Assado. Mas aposto que se me puser agora a explorar os meandros do Google ainda vou desencantar para aqui um Dia Mundial do Tofu. Enfim, modernices!

Mas pronto, ia eu a dizer que acho muito bem que haja um dia em que se comemore o regime alimentar vegetariano porque até é uma coisa saudável e bonita e tal. Eu até podia ser gaja para me dedicar a isso, mas quem me tira um franguinho assado tira-me parte do coração e portanto isso para mim não dava. Já bem me basta não poder enfardar todos os chocolates que me apetece, uma pessoa não pode aguentar tantos sacrifícios na vida!

De modos que espero que todos vocês estejam a fazer jus à data e estejam a vegetar (piadola fácil) no sofá (ou na caminha, ou onde vocês bem entenderem), enquanto coçam os tomates (já que estamos numa de vegetais...). Isto para quem os tem, quem não tem coça outra coisa qualquer.

Ah, e os bifes panados que comi ao almoço estavam mesmo bons!

domingo, 30 de setembro de 2012

Uma pessoa está sempre a aprender

Hoje ouvi no telejornal um senhor a explicar a origem do nome do ping-pong (vulgo ténis-de-mesa). Esteve ele a contar com todo o afinco que esse nome deriva do som que a bola faz ao bater na mesa. Para quem ainda não tivesse percebido bem, ele clarificou, dizendo que quando a bola bate de um lado parece que faz "ping" e quando bate no outro parece que faz "pong".
E é por estas e por outras que eu adoro ver o telejornal! Há sempre qualquer notícia bombástica para surpreender o espectador. É que eu ia jurar que o ping-pong era um desporto chinês inventado por monges budistas e que o nome tinha um qualquer significado especial, tipo aquela coisa do "Yin & Yang", estão a ver? Yin Yang, Ping Pong, é tudo muito parecido. Mas afinal é por causa do som! C'um catano, com esta é que eu não estava nada a contar!

sábado, 29 de setembro de 2012

Quero parir numa novela, faxabor!

Às vezes gostava que a minha vida fosse uma telenovela. Brasileira, de preferência. Em primeiro lugar, porque adoro o sotaque. Assim como há pessoas que sempre desejaram entrar num táxi e dizer "siga aquele carro!", eu sempre quis ter a oportunidade de gritar "Osvaldo, você é um safado, um cachorro, um cafagestxi!"
Em segundo lugar, porque aqueles gajos têm sempre uns pequenos-almoços espectaculares, com direito a bolo e fruta e suquinho dji laranja. Não há cá torradas feitas à pressa com pão duro de há dois dias, nada disso! E nunca acordam em cima da hora, têm sempre tempo para se sentarem tranquilamente à mesa, em família... Enfim, uma verdadeira alegria.
Mas aquilo que me leva mesmo, mesmo, mesmo a desejar viver numa novela são as gravidezes que aquelas gajas têm. Ontem estava eu no meu momento de apodrecimento cerebral do dia, a assistir ao último episódio de "Insensato coração", quando vejo a personagem principal, a Marina, com um grande sorriso na cara a dizer "Ai, que me rebentaram as águas". Assim, com esta leveza toda. Como quem diz "ups, ri-me tanto que até molhei a cueca". Não houve cá gritos, contracções insuportáveis, pessoas em alvoroço... Nada disso. Eu até estava a ver que o puto lhe escorregava pelas pernas abaixo sem ela dar conta, mas por acaso isso não aconteceu. E na cena seguinte lá aparecia ela com o bebé ao colo, magríssima como sempre. Bitch!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

E por falar em manifestação

Não estou mesmo a perceber porque é que anda tudo a cair em cima (salvo seja... Quer dizer, se calhar até anda muita gente a cair-lhe em cima no verdadeiro sentido da expressão, mas isso já é outro assunto) da rapariga que abraçou o polícia na manifestação, só porque ela está a aproveitar a visibilidade que o seu gesto teve para subir na vida. Para que é que marcaram o protesto? Não foi com o objectivo de exigir uma vida melhor para os portugueses? Então pronto, a rapariga foi à manifestação e conseguiu uma vida melhor. Se calhar até estava desempregada e a passar dificuldades e agora está feliz, olha que bom para ela! Se teve de mostrar as maminhas para o conseguir, isso já é problema dela. São as mamas dela, não são as de mais ninguém, portanto não estou a entender porque é que anda tudo tão apoquentado com isto.
E além disso, toda a gente passa a vida a refilar porque ninguém se despe para as revistas masculinas e porque as portuguesas são umas púdicas e coiso e tal, mas depois aparece uma moça disponível para dar o corpinho ao manifesto e já é rotulada de vaca e oportunista e interesseira. Não há quem entenda esta gente.

Provavelmente até deu o tal abracinho ao senhor agente da autoridade de forma totalmente inocente, se calhar até foi só porque o achou giro e porque gostaria de lhe saltar para a espinha, sem nunca pensar que isso teria tanto impacto. E se pensou, olhem, dou-lhe os meus parabéns porque nesse caso a rapariga é um génio do marketing e merece tudo o que lhe está a acontecer. De uma forma ou de outra, não prejudicou ninguém para o conseguir e se está a aproveitar faz ela muito bem.

Às vezes chego à conclusão que os portugueses são todos muito solidários e amorosos quando estão todos metidos na m****, mas se alguém conseguir sair de lá, ui! Pára tudo, que isso é que não pode ser! Se estás feliz já não podes ser nosso amiguinho! 

Haja paciência!...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ricardo, tu lê-me isto com atenção, rapaz!

Não sei se já tiveram conhecimento de um jovem que diz que encontrou o grande amor da sua vida na manifestação de dia 15 de Setembro e que agora pelos vistos anda a mover mundos e fundos para encontrar a rapariga. E vocês pensam "oh, que bonito". Pois. Pensam vocês e pensa muita gente, que eu já vi uma data de amigas minhas com o pito aos saltos (como eu adoro esta expressão) à custa desta história. E eu ao princípio também achei fofinho, confesso. Tão fofinho que acabei por ir à página que o rapaz criou no Facebook para promover a sua missão. Conta então o Ricardo (assim se chama o rapaz) que a Diana (assim se chama a moça que 90% das portuguesas estão a invejar neste momento), assim que os seus olhares se cruzaram, lhe sussurrou "apanha-me!", tendo de seguida fugido por entre a multidão. Ora, isto já por si é, como dizer isto sem que ninguém fiquei chocado... Pois, estúpido. Não faz sentido absolutamente nenhum. "Ai que está ali o grande amor da minha vida, ai deixa-me cá fugir correndo o risco de nunca mais o ver". Estamos, claramente, perante um caso de extrema necessidade de atenção. Mas tudo bem, eu dou o desconto, isto até é romântico e tal e se calhar a rapariga sempre sonhou com uma cena cinematográfica destas. Tudo bem, eu juro que entendo. E lá foi o rapaz, feito cavaleiro andante sem cavalo, a correr por entre as pessoas que gritavam "Passos para a rua, a luta continua!". As pisadelas que ele não deve ter dado à malta, estão a imaginar? Aqui está uma história de amor que deve ter valido umas boas dores nos calos de muita gente. Mas pronto, ele lá conseguiu encontrar a Diana! Yeeeey, temos final feliz! Temos? Pois... Não. Afinal não temos.
Ao que parece, os dois pombinhos ficaram a conversar num jardim até de madrugada. Mas a querida da Diana, ao invés de deixar de ser sonsa e agarrar o homem, decidiu que queria fazer joguinhos (e não, não eram joguinhos pornográficos, suas mentes sujas! Antes fossem!). Ela sugeriu ao jovem que ele a encontrasse antes de ela regressar a Paris. Não lhe daria qualquer tipo de contacto, nem sequer o apelido. E agora anda-me o pobre do rapaz a espalhar papéis pela rua e a pendurar lençóis com o nome da moça em estátuas e pontes. E eu pergunto: havia necessidade? Não bastava à menina Diana aquela coisa do "apanha-me"? Não brincou o suficiente às escondidas quando era catraia? Sinceramente, se se tivessem apaixonado à primeira vista sem terem tido oportunidade de trocar palavras, eu até entendia. Agora assim, já desenvolvi algumas teorias acerca da personalidade da miúda:

a) É a filha do meio, tem dez irmãos e procura actualmente a atenção que nunca teve em criança.
b) Tem personalidade histriónica e precisa urgentemente de um psicólogo (não há por aí nenhum que se ofereça para tratar do caso da pequena?)
c) Nunca teve um gajo atrás dela e está tão excitada com a ideia que quer fazer render o peixe ao máximo.
d) Está a gozar à grande com a cara do Ricardinho.
e) É simplesmente parva.

Agora a sério, oh Ricardo. Tu, que até és um rapaz tão meloso e que podias fazer tanta mulher feliz... Tens mesmo a certeza que queres ir por aí? É que, repara... Se a rapariga estivesse caidinha por ti, não corria assim o risco de nunca mais te pôr a vista em cima, percebes? Vá, não chores e parte para outra, anda lá. Pois, eu sei que as mulheres às vezes são mázinhas, sim, eu admito que quando queremos conseguimos ser verdadeiras cabras... Mas ouve o que eu te digo, Ricardinho. Eu sei que meio mundo acha que esta história é mais bonita que a de Pedro e Inês, mas eu acho mesmo que estás só a fazer figura de parvo. Ouve o voz da sensatez, vá, não sejas teimoso. Lindo menino.

(para quem estiver interessado a assistir a esta linda história de amor, aqui fica a página que o menino criou: http://www.facebook.com/pages/%C3%80-Procura-de-Diana/417224098340686)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sei que estou a envelhecer...

Quando deito fora os garrafões de água vazios sem sequer pensar duas vezes.

É que antigamente, nos meus tempos de moçoila jovem e louca, guardava sempre dois ou três para fazer a sangria nos jantares caseiros com amigos. Aqueles jantares em que só começávamos a comer por volta das 23h, saímos de casa lá para a 1h e tal da manhã e íamos quase de directa para as aulas... Hoje em dia, entro em colapso nervoso se constato que vou dormir menos de seis horas.

Acho que o próximo passo é começar a pensar em investir num creme anti-rugas. Ou num anti-celulite. Ou num anti-depressivo... Ou nos três! 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Herpes labial: um grande passo para alcançar a felicidade

Apesar de haver aquela teoria que diz que toda a gente é portadora do vírus do herpes e que este se pode manifestar em qualquer altura e em qualquer pessoa, a verdade é que há por aí muita malta paranóica com esta questão. Podem estar a morrer de sede, mas se o único portador de uma garrafa de água num raio de 10 km tem a infelicidade de já ter tido herpes... Não bebem! Nunca na vida! Antes morrer de desidratação do que ter uma mini couve-flor a habitar-lhes os belos e carnudos lábios durante uns dias. Já para não falar dos que vão mais longe e se recusam terminantemente a dar umas beijocas bem dadas a alguém com o mesmo problema. E arrastam-se com um ar muito infeliz, dizendo "Aaaaaaiiii, eu e o Zé Roberto nunca vamos poder ser felizes juntos! Ele é tão giro, tão bom rapazinho, é de boas famílias e até sabe cozinhar e tudo, mas... Ele tem herpes! Oh, porquêêê?? Porque é que o destino é tão crueeeeel??" Ok, talvez esteja a exagerar um bocadinho. Mas a verdade é que há mesmo gente que tem pavor do pobre do herpes, coitadinho do bichinho. Portanto, na minha humilde opinião, o melhor seria toda a gente apanhar aquilo de uma vez e acabavam-se estas questões. E as pessoas passavam todas a beber por onde quisessem, a comer de onde entendessem e a dar beijos a quem bem lhes apetecesse. E pronto, o mundo seria um lugar bem melhor. Herpes labial? SIM! Por uma humanidade mais feliz!

domingo, 23 de setembro de 2012

Não sei se sou só eu a ter essa sensação

Lá estão outra vez os gajos da SIC a anunciar o mega prémio que vão oferecer por ocasião do aniversário da estação. Não sei porquê, mas tenho a impressão de que a SIC faz anos para aí umas dez vezes por ano. Uma pessoa distrai-se e, pumbas! Lá está outra vez a Iva não sei das quantas (a rapariga é boa todos os dias, mas tem a infelicidade de ter este nome... Realmente não se pode ter tudo) a anunciar a chegada do dia 6 de Outubro. Portanto, em breve vamos ter um dia inteiro de programação televisiva de altíssima qualidade, repleta de actuações dos mais maravilhosos artistas, tais como Nel Monteiro, José Malhoa e ainda aquele cantor que agora está na moda e cujo nome desconheço, mas que diz que até está disposto a ir às putas meninas só para não ter de dormir sozinho. E aquele refrão é de ir aos céus: "E se a casa cair deixa que caia, hoje eu vou amanhecer na gandaia". Estão a ver qual é? Eu sou super fan! Qualquer música que inclua a palavra "gandaia" faz as minhas delícias.

(Vá, e agora ide todos a correr para o telefone, que a Iva anda por aí a dizer que vai oferecer a alguém um camião cheio de ouro e que "quanto mais vezes ligar, mais hipóteses tem de ganhar!" E, já agora, alguém que arranje um nome artístico à rapariga. É que, convenhamos, a palavra "Iva" não deve soar bem a nenhum português nos tempos que correm...)



Até fui procurar o raio da música para animar o vosso dia. Sou muito vossa amiguinha.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Então pequenino, consegues ver aquelas letras?"

É a pergunta que um médico oftalmologista fará a uma criança diante da tabela que vos apresento:

Ao que uma criança com boa visão e já com alguma capacidade de leitura responderá "Consigo! Ali está escrito FODE!"

Por acaso esta tabela foi feita por italianos, mas se me dissessem que tinha sido feita por portugueses eu não teria dificuldade nenhuma em acreditar (os portugueses são uns brincalhões levados da breca, já se sabe). Mas, para bem da educação das nossas crianças, será que não dá para fazer uma pequena alteração naquelas que vêm para os hospitais portugueses? Sei lá, substituir ali o "E" por um "B" (por um "T" é melhor não, que também não fica a soar nada bem e o médico é capaz de ficar ofendido), ou o "F" por um "A"... É que ainda hoje vi uma destas pendurada num consultório de Pediatria de um hospital nacional e pareceu-me assim um bocadinho anti-educativo. Anda uma mãe a pôr pimenta na boca dos filhos para depois eles irem para a consulta médica dizer coisas destas. Está mal! Esta gente não liga a estes pequenos pormenores, pá! Eu devo ter realmente uma mente muito sujinha, já que foi a primeira coisa em que reparei quando lá entrei. Existem tantas tabelas deste género e foram-me logo escolher esta... Marotos! 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Adeus, vida própria!

Minha gente, entrei em modo estágio, de maneira que é provável que a minha assiduidade blogosférica não melhore nos próximos tempos. Entre todo o trabalho do estágio em si, a tese e a preparação de um exame super importante, desconfio que este ano vou passar por várias fases ricas em tendências suicidas. Já estou aqui que não sei se corte os pulsos ou se me atire de uma ponte e isto ainda agora começou! Mas talvez não seja preciso tanto... Se me enfiar no meio dos papéis e livros que tenho para ler, talvez seja o suficiente para provocar uma asfixia ou um soterramento. É que são TONELADAS! Portanto, se eu não voltar cá, já sabem o que me aconteceu. Estou muito tentada a enfiar-me num avião que vá direitinho à Holanda para trazer de lá uns brownies carregadinhos de substâncias psicotrópicas, para me ajudarem nos momentos mais difíceis. E agora vou parar de me queixar, que já estou farta de me ouvir e vou mas é fazer qualquer coisa de útil. Mas antes, deixo-vos com uma que ouvi hoje e que achei engraçada para vocês contarem aos vossos amigos quando estiverem todos sentados numa esplanada e beber umas minis e a comer uns minuins, enquanto contemplam um belo pôr-do-sol de fim de Verão:

O que é que acontece quando se mete um tomate no microondas?
...
Trilha-se o outro.

E pronto. É isto. E agora vou fazer coisas giras, do tipo... Pesquisar artigos! Yeeey, fiesta!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Conversas caseiras (ou como as mulheres são complicadas)

Eu: Mãe... Estive a pensar e, após um longo período de meditação, concluí que se passa algo muito injusto nesta casa.

Mãe (com ar assustado): Ai... O que é?

Eu: Então... Tu tens direito a quatro armários para guardar a tua roupa e eu só tenho um... Se puser lá a roupa de Verão e de Inverno fica tudo muito apertadinho! Preciso de mais espaço!

Mãe (a rir-se): Aaaaaah, mas isto não é assim... Eu tenho o dobro da tua idade! Acumulei o dobro da roupa ao longo dos anos!

Eu: Então devias ter apenas dois armários! Não quatro! E além disso, que raio escondes tu dentro deles? Nem sequer compras muita roupa!

(neste momento a minha mãe deve ter achado que a estava a acusar de guardar cadáveres dentro dos armários cá de casa, porque se apressou a fazer-me uma tour guiada pelos ditos cujos):

- Ai, queres saber o que guardo, queres? Então anda ver, anda! Olha, este casaco era de quando estava grávida de ti! Agora está-me grande e muito velho, mas tenho pena de o pôr fora... E este aqui era de quando tinha 25 anos! Era tão bom este casaco... Na altura custou um dinheirão! Por isso também não tenho coragem de me desfazer dele... Este aqui nunca o usei, não gosto de me ver com ele, mas está tão novo que ando a guardá-lo... Pode ser que o queira usar um dia destes. Ah, e este aqui está um bocado fora de moda, mas ainda tenho esperança que se volte a usar! E este blusão de cabedal era a minha peça de roupa favorita quando andava na faculdade! Tenho muita pena que nem tu nem a tua irmã tenham querido usá-lo... Vês como era tão magrinha?
...

Eu estava prestes a reclamar, mas depois lembrei-me que também eu guardo algumas peças apenas porque as usei em determinadas ocasiões felizes ou marcantes. Ser gaja às vezes cansa-me! Ninguém me arranja uma pilinha, por favor? Vá, não é nesse sentido, seus depravados! Mas é que me dava mesmo jeito ser homem de vez em quando. E, além disso, sempre sonhei poder fazer xixi de pé.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Deve haver coisas mais deprimentes do que estar viciada em Puzzle Bobble aos 24 anos

Eu é que agora não me estou a lembrar de nenhuma. Mas é gira, esta porra. Ainda me lembro de ter uns seis anitos e ir com a minha irmã jogar este jogo para casa do vizinho da frente, que era amigo dela e na altura deu um balúrdio por ele. Quer dizer, eu não ia jogar, porque nunca me deixavam. Mas eram esses os meus planos quando ia para lá e sempre ouvi dizer que quem não arrisca não petisca. Mas pronto, paremos de falar sobre os meus traumas de infância, se não daqui a nada estou para aqui a chorar baba e ranho e a pedir um psicoterapeuta urgentemente. O que interessa é que ultrapassei tudo isso e agora aqui estou eu, poderosíssima, a jogar Puzzle Bobble na net e completamente à pala! Ah, pois é, meus amigos! A justiça tarda, mas não falha!



(Shame on me!)

E gravar um álbum com o José Malhoa, também não?

Sou só eu que tenho reparado que as campanhas de regresso às aulas das lojas estão extremamente aliciantes? Ora vejamos, se a criancinha for comprar os caderninhos à Staples ganha a oportunidade de subir a palco com o David Carreira, mas se optar por fazê-lo no Continente, habilita-se a entrar num videoclip do Boss AC.

Perante isto só tenho a dizer que, se tivesse filhos, eles iam direitinhos comprar o material escolar ao Intermarché.

domingo, 2 de setembro de 2012

Este blogue tem muita classe! Ou então não...

Dado que há pessoas a chegar aqui ao estaminé através das palavras "com um grande enchumaço", eu acho que devia pensar seriamente em rever o conteúdo daquilo que escrevo. Ou então devia pôr uma bolinha vermelha ali ao canto. Valha-me a santa, que se a minha mãe sabe que o meu blogue é procurado por falar sobre enchumaços é bem capaz de me arrancar o computador das mãos e isso é que não pode ser! Se calhar devia fechar este blogue e começar um de poesia... Ou contos infantis... Mas isso é capaz de ser má ideia, que ainda acabo por traumatizar os putos.

(Mas onde raio é que eu falei sobre enchumaços, hein?)

Boa educação, a quanto obrigas!...

Estão a ver aquele momento em que estão em casa de alguém que vos convidou amavelmente para jantar e, quando olham para a mesa, vêem que está lá pousada uma travessa com aquela comidinha que vocês simplesmente DETESTAM? Parecendo que não, é um momento muito complicado na vida de uma pessoa! Eu, pelo menos, dou sempre por mim a pensar "então e agora, hein? Assumo que não gosto de salada de agrião, correndo o risco de parecer mal-educada, ou faço o sacrifício de a comer, correndo o risco de lançar um jacto de grego para cima do prato?". Como nenhuma destas opções me parece muito agradável, geralmente opto por tentar discretamente servir-me da restante comida à disposição, fingindo que aquela travessa do demo me escapou completamente. O chato é quando o dono da casa, de olhar implacável, nos inspecciona o prato e diz "Ooooh, então e isto, não comes? Vá lá, é muito bom!". Nestas alturas apetece-me rosnar e dizer "eu como o que me apetece, óbistes? Não mandas em mim, pimbas!". Mas como isto seria de uma enorme indelicadeza, geralmente acabo por fazer um sorrisinho amarelo e dizer "ah, claro que como, ainda não me tinha servido porque a travessa estava muito longe". Aaaaah, como era bom poder enfiar a boa educação num sítio que eu cá sei, de vez em quando...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Foi bonito, mas passou-me depressa

Ontem, enquanto percorria as auto-estradas deste país no sentido sul-norte, não pude deixar de pensar como é bom voltar a casa, mesmo que a ausência tenha sido curta. E enquanto contemplava a paisagem que se ia modificando diante dos meus olhos, constatei que gosto muito de ir, mas também adoro voltar. Gosto de ver as planícies a dar lugar aos terrenos mais montanhosos. Gosto de ver a floresta de pinheiros bravos a substituir a de pinheiros mansos. Gosto de ver a cor do solo a alterar-se gradualmente e gosto de passar o Sado, o Tejo, o Mondego e, finalmente, o Vouga, até chegar ao lugar onde pertenço.

Inebriada que estava com esta espécie de nostalgia caseira, só no fim da viagem é que reparei que o filho-da-mãe do termómetro tinha descido 5ºC. E quando finalmente saí do carro para tirar as tralhas, senti uma rajada de vento que imediatamente me fez sentir desconfortável com os meus calçõezinhos de ganga e top fininho. O céu tinha muitas nuvens, demasiadas para meu gosto. O meu cantinho não correspondeu devidamente à minha silenciosa manifestação de amor e eu sou uma moça que não gosta de ser rejeitada desta forma, era o que mais faltava! Posto isto, estou a ponderar seriamente ir já a correr apanhar a carreira (adoooro a palavra "carreira") para voltar para os Algarves! Tem a enorme desvantagem de se avistarem mais ingleses do que portugueses nas ruas, o que é uma chatice, porque os ingleses não devem assim muito à beleza, são todos meios vermelhuscos, parece sempre que acabaram de apanhar uma piela e aquela visão do pequeno-almoço deles, com o bacon e os ovos mexidos logo de manhã, é coisa para me deixar um bocado agoniada. Mas pronto... Eu aceito as condições. Gosto muito da minha região, mas não me importava nada de ser algarvia de Junho a Setembro. Eu sei que seria assim uma espécie de prostituição meteorológica, mas sem dúvida que passava a ser uma pessoa mais feliz. E mais bronzeada, já agora.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Casas de quê?

E as saudades que eu tinha de um computador, hein? Tantos dias sem ver o meu bichinho! Estive até há 5 segundos atrás a dar-lhe beijinhos apaixonados, acho que até babei um bocado o teclado. Caraças, espero não o ter estragado. A quem esteja a perguntar "então mas não foram só cinco dias?", eu respondo que foram, sim senhora (infelizmente), mas o amor que tenho ao meu pc é tão grande que cada dia longe dele parece multiplicar-se por dez. No fundo, sou uma nerd.

Mas o meu objectivo para hoje não é vir falar-vos sobre o meu tórrido romance com o meu Shiby (o nome vem de Toshiba, não é muito original, eu sei, mas foi o que se arranjou). Eu quero é falar-vos desses estabelecimentos onde as pessoas vão comer e que dão pelo nome de casas de pasto. Uma pessoa anda à procura de um sítio para almoçar e eis que dá de caras com uma coisa que parece mesmo ser um restaurante. Tem a ementa à porta, a esplanada cá fora e o logotipo da Delta no toldo. Mas, surpresa das surpresas... Não é um restaurante! É uma casa de pasto! Ora, para a maioria das pessoas isto é apenas um outro nome que pode ser dado aos estabelecimentos que servem refeições, mas eu leio aquilo e só imagino que lá dentro vou encontrar um prado muito verde, cheio de vacas a ruminar com ar sonolento. E imagino também o empregado, vestido à leiteiro, a vir até à mesa e a perguntar "então, o que vai ser hoje? A erva está uma maravilha, fresquinha que só ela! Mas a palha também não está nada má". A sério, não é um nome nada convidativo. Nada mesmo! A língua portuguesa é tão rica, há tantos nomes que podiam ser usados sem ser esse... Restaurante, taberna, snack-bar... Há para todos os gostos! Não havia necessidade de lhes chamar casas de pasto! É que se um dia for comer a um desses sítios e alguém depois me perguntar "então, o que estiveste a fazer?", vou ficar muito tentada a responder "hmm... Ao que parece, estive a pastar".

sábado, 25 de agosto de 2012

Ah, só mais duas coisinhas antes de ir

1. Por favor, parem lá de gozar com a velhinha espanhola que restaurou aquela pintura de Jesus Cristo do séc. XIX. Está bem, eu admito que ficou uma bela caca e que a senhora não devia ter em tão grande conta as suas capacidades artísticas, mas ela tem 80 anos, pá!! Com 80 anos estamos todos cheios de sorte se conseguirmos segurar um pincel sem termos incontinência de esforço!

2. A SIC está a anunciar um livro qualquer de dicas para os putos terem sucesso na escola. Para além de muitas outros conselhos preciosos, diz que também ensina truques infalíveis para se ser o miúdo mais "cool" da turma. E eu pergunto: e se vários meninos da mesma turma lerem o livro? Qual deles vai ser o mais "cool"? Este livro ainda vai originar muita porrada pelas escolas deste país, ouçam o que vos digo.

Vá, vou acabar de fazer a mala.

Por acaso é uma coisa que me aborrece

O Facebook informou-me que daqui a não sei quantos dias vou passar a ter aquela porra da cronologia. Ora, eu estou obviamente muito chateada. E olhem que eu nem sou uma pessoa muito apegada às redes sociais e orgulho-me muito de não ser meu costume ir lá escarrapachar os pequenos acontecimentos da vida, do tipo "hoje o meu xixi está mais amarelinho do que o costume, estou muito apoquentada" (será que isto teria muitos "likes"? Hei-de experimentar), ou citações bonitas que apelam à lágrima fácil, acompanhadas das típicas fotografias de gatinhos abraçados a cãezinhos (coisa mais irritante, estou a ficar com urticária só de pensar nisso), ou ainda pormenores altamente interessantes sobre o meu dia-a-dia, do género "Estou no restaurante Zé Manel das Couves e esta cabidela está mesmo boa".
Mas irrita-me que façam estas coisas no MEU Facebook sem pedirem a MINHA permissão. Sim, porque aquilo é MEU, certo? Caso contrário, não precisaria de uma password pessoal para lá entrar. E eu escolhi ter Facebook porque gostava DAQUELE formato. Da mesma forma que, se for sempre à mesma pastelaria por gostar muito dos croissants de lá, não faz sentido o pasteleiro obrigar-me a comer tosta mista. É que ainda se eles tivessem pedido gentilmente, se me tivesse mandando uma mensagem a dizer "olha fofinha, dava-nos jeito que optasses pelo modelo da cronologia, que foi uma coisa inútil que nós inventámos num dia em que não tínhamos mais nada para fazer. Sim, nós sabemos que a ideia foi um bocado má, a bem dizer foi cocó em formato de rede social, mas sabes como é, uma pessoa tem de justificar o salário ao fim do mês. Ah, e já agora, vê lá se colocas mais fotos porque tens um sorriso lindo" e aí, meus amigos, aí eu até pensava com carinho no assunto. Mas assim, desta forma? Assim não dá! Sinto-me como se um estranho me tivesse entrado no quarto e me tivesse mudado a disposição dos móveis.

O que vale é que tenho ouvido dizer que aquilo é mais ou menos como as cuecas fio-dental: primeiro estranha-se e depois entranha-se. Ok, talvez não tenha sido boa ideia escrever "cuecas fio-dental" e "entranha-se" na mesma frase...

E agora com licença, que a dona deste blogue vai de férias. E, consequentemente, o blogue também. Mas não comecem já a festejar, meus malandrecos! Eu vou mas volto. Juro. E agora vou ali ao Facebook dizer que vou de férias.

Estou a brincar, não vou nada. Ao Facebook. De férias vou mesmo!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Objectivos de vida

Há pessoas que ambicionam ter um Ferrari...
Outras desejam chegar a chefes lá do escritório...
Há quem não imagine a vida sem se casar...
Há quem queira dar a volta ao mundo...
E há quem tenha o sonho de ser um grande jogador de futebol...

Eu?
Eu gostava mesmo muito de ter uma piscina.
"Uma piscina?", perguntam vocês. "E para que é que tu queres uma piscina? Para fazer natação todas as manhãs? Para suportar melhor os dias de calor? Para mostrar à sociedade que estás bem de vida?"

E eu digo-vos que não. Não tem nada a ver com nenhum desses motivos. Na verdade, eu quero mesmo muito uma piscina para poder convidar os meus amigos para irem para lá. "Oh, que nobre da tua parte, deves ser tão boa pessoa", dizem vocês, sensibilizados. Pois, mas na verdade não é esse o objectivo principal. Eu quero mesmo é espalhar pela dita piscina um daqueles produtos de detectar xixi antes de deixar o convidado lá entrar. E quando a piscina mudar de cor, meus amigos... Vai-me dar um gozo enorme gritar "APANHADO! Seu BADALHOOOCOOOO!"

Não que isso seja alguma coisa de especial. Afinal de contas, até o Phelps diz que alivia a sua bexiga na piscina... Mas pronto. Que ia ser divertido, ia! Pelo menos para mim, pessoa infantilóide e um tanto ou quanto débil mental.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Somos todos cientistas e nem sabíamos

Parece que um estudo da Universidade Estatal do Michigan, nos EUA, demonstrou que existem parasitas que podem provocar tendências suicidas nas pessoas por eles afectadas. Pfffffffffff, grande coisa! Nada que os portugueses já não soubessem há anos. Temos inclusivamente várias informações altamente seguras sobre esses bichos! Diz que pertencem à espécie governus palermus e o seu habitat natural é lá para os lados da Assembleia da República. Francamente, não era preciso terem posto os pobres dos americanos a pesquisar coisas que por cá já estávamos carecas de saber, que grande perda de tempo e dinheiro! Depois admiram-se que sejamos um povo pessimista, os estrangeiros estão sempre a tirar-nos o mérito das descobertas! Qualquer dia vem um camone qualquer dizer que descobriu o caminho marítimo para a Índia na semana passada e o mundo vai todo aplaudi-lo de pé. Cambada de marretas!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Isto dos estereótipos é uma coisa tramada

Muitas mulheres (eu incluída, admito) refilam frequentemente por causa daquela velha história do "ah e tal, se um homem papa muitas gajas é um garanhão, mas se for ao contrário a mulher já é uma oferecida e uma rameira e isso é uma grande injustiça!"

E é. De facto, é. Mas agora vamos por momentos abdicar do papel de donzelas ofendidas e pensar um pouco sobre este assunto, através de alguns exemplos que vos deixo:

Exemplo 1:
Mulher que conduz um bruto automóvel desportivo preto, carregando no acelerador a fundo: sim senhora, isto é que é uma mulher em condições! Destemida, corajosa, uma mulher de tomates!
Homem que conduz lentamente um automóvel azul bebé: PANISGA!

Exemplo 2:
Mulher sente-se triste e chora: oh, é tão sensível! Coitadinha, vamos todos dar-lhe um abracinho.
Homem sente-se triste e chora: PANISGA!

Exemplo 3:
Mulher que demonstra preocupação com a imagem, perdendo algum tempo a decidir o que vestir e a tratar do penteado: é uma pessoa briosa, que gosta de se cuidar e de se sentir bem consigo própria.
Homem que demonstra preocupação com a imagem, perdendo algum tempo a decidir o que vestir e a tratar do penteado: PANISGA!

Exemplo 4:
Mulher que não percebe nada de mecânica: e ela lá tem alguma obrigação de perceber?? Isso é coisa de homem!
Homem que não percebe nada de culinária: MACHIIIIISTAAAAA! Está de certeza à espera que a mulher seja sua escrava e lhe faça a comidinha todos os dias! Grandessíssimo filho-da-mãe, onde é que estão os papéis do divórcio??

Portanto, quer-me parecer que a situação até está mais ou menos equilibrada. Mas claro que esta minha opinião é para ser mantida em segredo, isto fica só entre mim e vocês! Perante o resto do mundo temos de continuar a passar a ideia de que somos umas injustiçadas e que os homens são todos uma cambada de machistas! Ou panisgas. Das duas, uma!

sábado, 18 de agosto de 2012

Não sei se sou pessimista ou apenas parva

Estão a ver aquelas redes que as pessoas prendem nas paredes ou nas árvores, onde depois se podem deitar e ficar lá a balançar? Eu tenho uma dessas no pátio cá de casa. É de referir que moro num meio rural.

Coisas que devia pensar quando me deito lá:
- "Aaaaaah, que booooom! Que relaxante! Vou ficar aqui a ler um livrinho enquanto ouço os passarinhos a cantar, ou então vou fazer uma sesta! Que bem que me vai saber!"

Coisas que realmente penso: 
- "Esta porra vai-se desprender e eu vou bater com os costados no chão".
- "Os pássaros vão todos cagar-me em cima".
- "Vou dormir de boca aberta e vai-me entrar uma mosca-varejeira pelas goelas abaixo".
- "Vou acordar com uma impressão na perna e vou concluir tratar-se de uma enorme centopeia a passear sobre a minha pele".

Conclusão: amo-te muito, meu querido sofá da sala. 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fada dos Dentes, sua grande incompetente!

Eu fui uma criança que sempre acreditou piamente em todas as criaturas que me diziam existir. Assim, para além do pai-natal, eu também jurava a pés juntos que o coelhinho da Páscoa e a fadinha dos dentes existiam mesmo. Claro que isto apenas foi possível graças à acção da família, que me dava prendinhas em troca de dentes e todos os Domingos de Páscoa escondia ovinhos de chocolate no jardim, que eu, a mana e os primos íamos alegremente procurar a seguir ao almoço. Quatro ovinhos para cada um, ainda me lembro. Também me lembro que, por ser a mais nova e, portanto, a mais tansa, era sempre a última a encontrar os meus e a maioria das vezes precisava de ajuda. Que tristeza. Mas pronto, fui feliz. E se mais criaturas houvesse, em mais eu acreditava. Por falar nisso, quando é que inventam a fadinha da menstruação, hein? Acho que as meninas mereciam isso, uma prendinha para as compensar por todos os dias que vão ter de passar com aquela coisa. Assim um conjuntinho de lingerie ou um poster de um gajo bom para pendurar no quarto... Parece-me muito justo e às tantas ainda vou fazer isso às filhas que eventualmente venha a ter.

Mas pronto, o que eu quero mesmo contar-vos é a história do dia em que a fada dos dentes desceu na minha consideração. Após uma penosa noite em frente ao espelho, a balançar o dente para trás e para a frente e provocando uma sangraria a escorrer pelo lavatório ("és uma carniceira", dizia a minha mãe), lá consegui arrancar aquilo. E depois de o lavar muito bem lá fui eu colocá-lo debaixo da almofada, esperando ansiosamente pela manhã seguinte. Quando acordei, o que me esperava era... um pacote de chiclas (ou pastilhas elásticas, como o estimado leitor preferir). Torci o nariz. Não pela prenda em si, que elas até eram bem boas, Trident de laranja, ainda me recordo. Mas, quer-se dizer, tanta vezes me disseram que "ah e tal o açúcar faz mal aos dentes" e a fada que supostamente devia zelar pela minha saúde oral traz-me chiclas?? Ela não deve bater muito bem da cabeça... Mas pronto, desculpei-a. Afinal de contas sempre me tinham dito que ela era muito pequenina, não devia poder transportar coisas muito pesadas, tipo Barbies ou assim.

(Agora a sério mamã, eu compreendo que não tenhas tido alternativa. Dado que eu me agarrava violentamente aos dentes assim que os sentisse a abanar meio milímetro que fosse, compreendo que tenha sido uma situação de urgência e que tenhas tido de te desenrascar com o que havia lá em casa no momento).

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Este blogue está atento às novas tendências da moda

Tenho reparado que está a surgir um novo conceito de roupa feminina: o vestuário de auto-defesa! E o que é isto de vestuário de auto-defesa? É muito simples: são peças de roupa iguais a tantas outras, mas que têm incorporados elementos que podem ajudar uma mulher em horas de aflição. Por exemplo, este casaco que vos mostro na imagem seria muito normalzinho, não fosse o facto de ter uns espetos lá cosidos. E isto pode ser extremamente útil! Vamos imaginar que um qualquer bandido, pensando que somos donzelas frágeis e indefesas, vem em direcção a nós prontinho para nos atacar. Nesta situação, tudo o que temos de fazer é correr para ele com toda a força e espetar-lhe com o casaco no olho. Ou onde bem nos aprouver, que isto a vida é mesmo assim, cada um espeta onde bem entende. E pronto, assunto resolvido! Apoio totalmente esta ideia e vou já amanhã à Zara buscar o meu! Espero que a moda pegue. Isto daqui até inventarem camisolas que dão mordidelas é um passinho!


domingo, 12 de agosto de 2012

É quase incontrolável

De cada vez que vejo um papel afixado num restaurante a dizer "HÁ FÊVERAS" apetece-me mesmo muito ir lá riscar e escrever por cima "FEBRAS".
A sério, "fêveras" não me soa bem. Naaada bem.

E agora com licença, que tenho de ir ali buscar um palito para conseguir tirar esta fêvera que tenho aqui entre os dentes. Perdão, febra.

(Se calhar podia ter acabado o post de forma menos nojenta...)



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

E por falar em Maya e horóscopos e tal

Ontem comprei uma revista de gajas para passar o tempo enquanto esperava que a minha mãe saísse do cabeleireiro. Sim, eu sei que uma pessoa culta e erudita como eu devia mas era ler o Jornal de Notícias, mas estou de férias e portanto tenho o direito de encher a cabeça de porcaria (não é que a dita cuja não esteja já cheia dela, mas a porcaria é como os amendoins, há sempre espaço para mais). Como seria de esperar, o conteúdo da revista baseava-se em 80% de artigos sobre sexo e 20% sobre outras coisas. E eu devia ter calculado isto e devia ter pensado que depois de eu a ler a minha mãe ia pegar nela para ler também. Ninguém me manda ser parva.
Não é que eu tenha problemas com isso, que a minha mãe é uma mulher moderna e até já fez duas filhas e tudo, portanto deve saber mais ou menos como é que a coisa funciona... Aquilo que realmente me apoquentou foi o momento em que a vi dirigir-se a mim com a revista na mão, ao mesmo tempo que dizia "olha, tem aqui um artigo sobre os signos... Vamos cá ver se bate alguma coisa certo" e começa alegremente a ler o meu. Eu já me sentia a corar por todos os lados, fartinha de saber que aquilo tinha um parágrafo só sobre... Pois, adivinharam, sobre sexo, e não me estava a apetecer nadinha ouvir a minha própria mãe a ler o que para lá estava escrito sobre o meu suposto comportamento sexual. E ela lá continuava "olha, isto até é verdade, mas isto não tem nada a ver"... Até que... "Ora... Eeeerr... Sexo... Bem, sobre isto não me posso pronunciar, vou passar à frente".

Obrigada, mamã. Obrigadinha.

20 de Agosto será um dia triste para todos nós

Diz que vão estar de volta as Cartas da Maya.

Isto até seria divertido se não houvesse tanta gente a acreditar nas baboseiras que ela diz. Mas há. Portanto, o que podia ser divertido passa a ser apenas deprimente. E com isto ocorreu-me que se tivesse uma empresa e precisasse mesmo de despedir pessoas, não as despedia. Chamava a Maya para dizer aos meus trabalhadores "oh meu bom amigo, vocês não tem futuro neste emprego" e as pessoas despediam-se sozinhas. Acho que a Maya leva caro, mas sempre devia ficar mais em conta do que as indemnizações.

Agora a sério, gente. Não deixem que pessoas burras vos "emburreçam" também. Confiar na Maya para decidir o vosso futuro é o mesmo que escolherem uma gaja chamada Marlene Vanessa para ser vossa conselheira de imagem. Uma pessoa vê logo que é coisa para não dar bom resultado!

E agora com licença, que está o Cláudio Ramos a falar na televisão e eu tenho de ir ouvir o que ele está a dizer. Naaah, mentirinha. Vou mas é para a praia.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Preciso urgentemente

De uma lâmpada como aquelas que existem a iluminar os provadores das lojas de roupa. Não sei que raio de luz mágica (e vil e maléfica e filha-da-mãe) é aquela, mas eu ia jurar que tinha tirado todos os pelinhos a mais que se encontravam nas minhas lindas sobrancelhas e quando hoje entrei num desses cubículos tive vontade de dar um grito horrorizado e mandar um saltinho de susto para trás quando olhei para o espelho. A sério, eu juro que não tinha aqueles pêlos quando saí de casa! Aquela coisa faz aparecer em nós defeitos que não temos. Aqueles pontos negros também não estavam lá hoje de manhã, JURO!

Senhores das lojas, sabem que isso não é bom, certo? É suposto terem espelhos e luzes que nos façam parecer mais magras e com a pele mais lisa, percebem? Garanto-vos que passam a vender muito mais se seguirem o meu conselho. Seus tapadinhos, é preciso explicar-vos tudo, não são capazes de lá chegar sozinhos! Mas pronto, para casa preciso de uma luz dessas. Para conseguir fazer a porra das sobrancelhas decentemente antes de meter o pé na rua. Pai-natal, estás a ouvir-me? Esquece aquele cinto de fazer abdominais, o que eu quero é mesmo isto. Mas vais ter de te antecipar, porque preciso disso assim para... AGORA! Percebeste? Não te vou deixar bolachinhas com leite ao pé da chaminé, mas tens barras de cereais no armário, se quiseres. É que não sei se alguém já te disse, mas estás um bocado badocha.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Estas notícias matam-me

Preparem-se, que isto é uma bomba: li hoje num jornal que os portugueses têm andado a depositar menos dinheiro no banco nos últimos meses. Estou que não posso de tanto espanto, não estava nada à espera disto! Já não ficava tão admirada com uma notícia desde que li aquela que dizia que as mulheres fazem mais dietas antes do Verão. Precisei de uns dias para assimilar tal revelação. Estes jornalistas brincam com o coração de uma pessoa, a sério, não se faz! Quer dizer, está bem que o povo tem de ser informado, mas deviam pôr um aviso na capa, uma coisa do tipo "as páginas que se seguem contém notícias capazes de chocar os leitores mais sensíveis" ou assim... E dessa maneira uma pessoa já sabia para o que ia! Mas a malta abre o jornal enquanto toma o primeiro cafézinho do dia e depara-se com isto! Acho muito mal!

Sinceramente agora até fiquei com medo de ler as publicações informativas. Qualquer dia aparece-me qualquer coisa do género "estudos estatísticos comprovam que portugueses colocam mais cobertores na cama durante o Inverno" e aí então é que é o choque total. Eu não aguento isto. A sério, não aguento!

domingo, 5 de agosto de 2012

Tenho todo o gosto em ajudar os meus leitores

Para a pessoa que chegou aqui porque pesquisou no Google "frases para pessoas que me irritam" tenho várias sugestões que pode eventualmente aproveitar. Não é que eu seja agressiva ou que queira apoiar guerras, nada disso. Eu sou doce como uma compota de morango, mas quem se mete com os meus leitores mete-se comigo! Sou uma blogger-galinha!
Pronto, agora que já vos engraxei um bocadinho posso voltar ao tema principal. Então aqui vão algumas ideias:

- O tradicional "fuck you", já experimentou? É simples, mas funciona muito bem. Não complique, caro leitor! Claro que também pode (e deve) optar pela versão em português, mas um palavrão dito em inglês é sempre mais leve e mais chique, e isto é um blogue cheio de classe, como se sabe.

- "A frescura da tua estupidez congela-me". Esta tem um particular significado para mim, já que a minha irmã costumava brindar-me com ela quando eu tinha 8 anos e ela tinha 15. Lembro-me de ter ficado a gaguejar da primeira vez que ela me disse isso, tentando inutilmente dar uma resposta. Depois habituei-me. Se a pessoa que irrita o caro leitor tiver o potencial intelectual de uma criança de 8 anos, esta é bem capaz de ser uma boa opção.

- "Tens a sensualidade de um piaçaba". Para além de o objecto em si ser muito feio, é também uma maneira subtil de fazer uma associação entre caca e a pessoa em causa, portanto também me parece uma boa ideia.

- "Se pudesse mandava-te para o Triângulo das Bermudas numa jangada sem remos". Esta é particularmente útil se a pessoa for pouco dotada de inteligência e cultura. Eventualmente vai pensar que "Triângulo das Bermudas" é uma loja que vende calções.

Porém, se a pessoa que irrita o leitor for claramente maior/mais forte... Esqueça este post, sim? Aprenda a amar e a dar a outra face, que isso é que é bonito! Sabe como é isto da vida, uma pessoa tem sempre de engolir alguns sapos!

sábado, 4 de agosto de 2012

Se fossem mas era apitar para o raio que vos parta...

Irritam-me pessoas stressadinhas na estrada. Irrrriiitam-me mesmo, assim com muitos r's! Devem achar que só elas é que estão interessadas em chegar a algum sítio e que os outros todos andam simplesmente a passear para gastar combustível,  porque ele está muito barato, como toda a gente sabe. E então, vá de fazer poluição sonora e apitar como se não houvesse amanhã. Demoras mais que meio segundo a arrancar quando o sinal fica verde? Pimbas, apitadela! Abrandas à entrada na rotunda porque pensavas que o carro que lá estava ia dar a volta e afinal não deu? Toma lá uma apitadela que é para não seres lorpa. E isto a mim é coisa para me eriçar os pelinhos todos. Apetece-me logo abrandar ainda mais, dizer adeus a quem passa, testar os travões, ou ir simplesmente a apreciar a paisagem, tranquila da vida. E os stressadinhos que esperem. Ou então que abram as portas do carro, a ver se ele voa! Cambada de nervosinhos... Como diria uma amiga minha, sosseguem a passarola, sim?

Preciso de me acalmar

Não sei se já referi aqui, mas sou uma pessoa muito leal (é neste momento que aparece uma luz branca e forte à minha volta, ao mesmo tempo que surge uma auréola por cima da minha cabeça, estão a ver a cena?). Essa lealdade aplica-se também às marcas dos produtos. Assim, o meu leitinho é sempre Mimosa, o patê de atum tem de ser Pingo Doce, as pizzas são as da Auchan e os "cordon bleu" do Continente enchem-me o coração (e o estômago também).
Vai daí que no outro dia estava muito descansadinha da vida a olhar para a televisão quando vejo o anúncio do ketchup da Heinz, que acaba com um senhor a dizer qualquer coisa do tipo "O ketchup da Heinz é o melhor ketchup do mundo". Foi nesse momento que me levantei e fui a correr em direcção ao aparelho, de faca em punho enquanto gritava "NÃÃÃÃOOOO! O melhor ketchup é o da Calvéééé!". É que isto de me dizerem que o melhor ketchup é o da Heinz é coisa para me deixar nervosa. Entretanto fui levar com uns electrochoques, a ver ver se a coisa se compunha. Pelo sim pelo não, mandei também dois pares de estalos a mim própria (toda a gente devia auto-esbofetear-se de vez em quando, o mundo seria um lugar muito melhor!). Fiquei logo muito mais calma.

E pronto, aqui está uma história que por acaso não é verdade, mas até podia ser! Tirando a parte dos electrochoques, que infelizmente não tenho nenhuma máquina dessas cá em casa. O que é uma grande falha, então a malta até já tem em casa máquinas que fazem o jantar sozinhas e não tem máquinas de electrochoques porquê? Está maaaaal!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O segredo é a alma do negócio...

... Mas como eu não tenho negócio nenhum posso contar-vos a ideia que acabei de ter e que não hesitaria em aplicar se fosse dona ou funcionária de uma loja de roupa. Simples, económica e aposto que as vendas iam disparar! Então é assim, quando uma cliente roliça chegasse ao pé de mim e dissesse "Olhe, por favor, não tem este vestido em tamanho XL?" eu faria o meu melhor ar de espanto, seguido de uma bem ensaiada expressão de dúvida enquanto perguntava "Quer mesmo o XL? Oh, acho mesmo que lhe vai ficar largo... Tem a certeza que o seu tamanho não é o L?". Depois, quando a senhora, toda sorridente, fosse experimentar o L (que obviamente não lhe serviria) eu diria, de forma muito convincente e um tanto ou quanto indignada "Credo, esta marca faz tamanhos mesmo pequenos, como é que o L não lhe serve?? E depois queixam-se que as miúdas têm a mania das magrezas!". E pronto, lá lhe passava o XL para a mão, ela ia toda contente experimentá-lo, servia-lhe, comprava e ficávamos as duas muito felizes.

Quanto apostam em como ganhava logo ali uma cliente para toda a vida, hein? Eu tenho alma de vendedora, é o que é! Até estive mesmo para pegar no telefone e ligar para a faculdade a cancelar a matrícula no meu curso, mas depois lembrei-me que estamos em Agosto e eles eram capazes de não atender, de maneira que fiquei quietinha. Mas foi só mesmo por isso!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Momento "Vou chorar baba e ranho" do dia

Aperceber-me de que no congelador há crepes, mas não há gelado.
A sério, para que é que uma pessoa quer crepes se não tem gelado para os rechear?
É como ter um carro e não ter combustível. Se bem que assim de repente até me consigo lembrar de uma ou duas coisinhas giras que se podem fazer num carro, mesmo sem o combustível... Agora, crepes sem gelado é que não dão para nada!

Estou triste. Muito triste. Respeitem a minha dor... Ou então mandem-me uma embalagem de 1L, sim? Pode ser de qualquer sabor, não sou esquisita. Ah, menos noz. Não gosto de gelado de noz. Nata também é um bocado sem graça, mas a coisa disfarça-se com um bocadinho de chocolate quente por cima. Se quiserem ser mesmo fofinhos p'ra xuxu, mandem-me também uma banana, que eu gosto muito de pôr rodelas de banana nos crepes e cá em casa não há. E eu gosto muito de banana. Para pôr nos crepes, já realcei, não já?

Ambições da minha infância

Lembro-me de ter 6, 7 e 8 anos e de tentar desesperadamente beber como os cães. Assim a ir buscar directamente a água ao copo com a língua, estão a ver? E observava atentamente os cães da minha tia para ver como é que eles faziam, o que é que eles tinham que eu não tinha. Foram momento de luta inglória! Sofri muito. Sniiiifff!

(Secretamente, ainda tenho esse sonho. Mas shiuuu, não contem a ninguém!)

A essência de ser gaja

O meu porta-moedas, o meu lindo e amado porta-moedas faleceu. Que é como quem diz, rompeu-se-lhe o forro da bolsa das moedas. Resultado: ultimamente quando ia às compras, na hora de pagar saltavam moedinhas por todo o lado, tipo pipocas (ainda devo ter feito algumas pessoas felizes). Ainda não tive coragem para lhe fazer um funeral decente (ou seja, deitá-lo fora), mas já dei um passo muito importante para superar a perda: comprei um novo.
Portanto, tinha várias opções disponíveis para substituir o falecido:
- Um super giro, lindo de morrer, mas com relativamente pouca arrumação.
- Um mais-ou menos-giro-mas-um-bocadinho-sem-graça com um espaço espaço espectacular para guardar cartões e o dinheiro.
- Um sem grande piada, mas baratuxo (estava em saldos) e com uma arrumação decente.

Como boa gaja que sou (note-se que eu disse "boa gaja" e não "gaja boa" não desatem agora a dizer que sou uma convencida!... Não é que seja mentira, mas eu sou uma pessoa modesta) claro que trouxe o primeiro. É muito giro, apetece-me dar-lhe beijinhos! Não tem grande espaço para guardar os documentos, mas eu cá me hei-de arranjar. Agora é que eu vou fazer lindas figuras em frente aos revisores da CP "espere aí, espere aí que eu tenho o bilhete aqui guardado, só que agora não estou a ver muito bem onde o enfiei, deve estar aqui entalado algures entre a carta de condução e o cartão daquela loja à qual nunca vou, mas eles deram-me isto e tenho pena de deitar fora, mas espere mais um bocadinho que eu estou quase a encontrá-lo". Cheira-me que eles vão perder a paciência e vão dizer "deixe lá, menina, eu acredito que não esteja a viajar ilegalmente... Mas para a próxima guarde o bilhetinho no bolso, sim?"

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A minha extensa lista de agradecimentos

Com esta coisa do Mestrado Integrado (obrigada, Bolonha) e o curso a chegar ao fim, chega também a altura de começar a alinhavar a tese de mestrado. E nas primeiras páginas da tese aparece sempre aquela parte comovente e tocante destinada aos agradecimentos, em que homenageamos aqueles que nos apoiaram ao longo do curso.
Eu já andei a pensar nisso e sinto que há uma data de entidades a quem devo agradecer, porque foram e são essenciais ao meu bom rendimento escolar, mas tenho medo que os professores que a vão ler pensem que sou tolinha (mentira, como é óbvio) e não quero arriscar (porque por acaso gostava muito de acabar o curso e poder exercer sem ser enviada para uma clínica psiquiátrica antes disso). Portanto, vou aproveitar o meu singelo e humilde blogue para dirigir um sentido "obrigada" a quem o merece:

- Aos criadores da Nespresso e, em particular, a quem inventou a promoção através da qual comprámos a nossa cá para casa há uns anitos atrás e, ainda mais em particular, a quem inventou o café. Sem cafeína eu jamais teria passado do 1º ano.
- Aos senhores do Pingo Doce, por produzirem atum bom e barato, ideal para misturar rapidamente com massa e ketchup. Comer torna-se uma necessidade secundária durante as épocas de exames.
- Aos cantores de música parola, em especial aos Los del Rio (grupo que canta a fantástica Macarena). Concentro-me imenso ao som dos vossos êxitos.
- Às televendas, companheiras de muitas noites sem dormir (note-se que vos estou a fazer publicidade, portanto se quiserem ser bonzinhos enviem-me aquela frigideira 100% anti-aderente que vocês dizem que é o máximo. Sempre quis ter uma).
- Ao Facebook: sempre que estou desesperada com uma cadeira, basta-me ir lá e encontro logo meia dúzia de actualizações de estado que denunciam sempre pelo menos meia-dúzia de pessoas tão aflitas como eu, gerando-se uma onda de solidariedade entre nós.
- Ao álcool, com quem sempre comemorei o final das épocas de estudo em jantares animados. Uma óptima maneira de fazer reset a tudo que andei a estudar durante meses.

Pronto, os agradecimentos estão despachados! Só falta fazer o resto da tese, mas isso é a parte mais fácil...

terça-feira, 31 de julho de 2012

Hoje é dia de festa!

Ora então já passámos dos 100 posts e eu quase que deixava passar em branco esta importante marca! Sim, já sei que vocês estão a pensar "Pffff, 100 posts, grande coisa!". E eu respondo: olha que catano, se os putos na escola comemoram as lições nº 100, porque é que eu não posso comemorar o post nº 100? E foi com este pensamento que fui a correr comprar balões, serpentinas, línguas-de-sogra, gelatinas de várias cores e pastéis de nata em miniatura para fazermos aqui todos uma grande festarola... Mas acontece que hoje nasceu o meu sobrinho (o meu PRIMEIRO sobrinho) e de repente tudo o resto perdeu importância.
Hoje olhei para aquele ser em miniatura e prometi a mim mesma honrar o título de tia (e madrinha!). Quero ser amiga, quero ser companheira, quero ser protectora, quero ser conselheira. Quero ser importante na vida do filho da minha única e querida irmã.
Hoje o meu coração ficou maior, para dar espaço para mais um grande amor.
Hoje a família ganhou um novo fôlego.
Hoje, no último dia de Julho, já se fizeram planos para o Natal, Páscoa e por aí em diante.
Hoje a minha vida e a dos meus mudou. Ficou melhor. Ficou mais rica.

E ainda há quem duvide que as crianças são o melhor do mundo? Claro que são.

Quanto à nossa festa blogosférica, olhem, fica para depois, está bem? Provavelmente os pastéis já estarão um bocado fora do prazo, mas uma gastroenteritezita até dá jeito de vez em quando, para ter desculpa para faltar ao trabalho! Se não quiserem, olhem, comem só a gelatina, sim?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Poderão as idas ao supermercado arruinar uma vida amorosa?

É a questão que vos coloco hoje. Quero que reflictam sobre isto.
(...)
Já reflectiram tudo?
Pronto, agora vou dar-vos a minha opinião sobre o tema: podem, sim senhora! E porquê? Ora, para já porque o supermercado é por excelência o local para onde vamos envergando aquela roupa velha de ir ao ginásio porque "ah e tal, vou só ali comprar um pacote de leite, é ir e vir, vou vestir esta camisola toda coçada e estas sapatilhas que já estão meias rotas e lá vou eu". Pooooois. E logo por azar aquele(a) vosso(a) colega por quem andam a suspirar há meses decidiu ir comprar comida para o cão exactamente à mesma hora e no mesmo estabelecimento. Ooooh, que grande porra. Por isso, pelo sim pelo não, vistam qualquer coisinha decente quando forem às compras. Nunca se sabe as loucuras que podem acontecer entre a secção de enlatados e o corredor do talho.
Depois porque, digam o que disserem, todos temos aquela listinha de artigos que não gostaríamos que um(a) gajo(a) giro(a) nos visse a comprar. Ninguém quer dar de caras com "aquela" pessoa especial segurando um pack de 24 rolos de papel higiénico, pois não? Eu por acaso até acho que isso só demonstra que as pessoas são limpinhas e prevenidas e portanto não querem correr o risco de terem de se limpar ao jornal, mas de qualquer forma é um produto com 0% de sensualidade. Além de que se fica sempre com aquele sentimento de profunda decepção, aquele pensamento tipo "o quê, mas esta pessoa também faz cocó? Mas eu pensava que estava perante um ser divino!". Pessoalmente, também não gostava de ser vista com um carregamento de chocolates e bolachas, porque uma mulher tem de passar a imagem de pessoa activa e preocupada com a linha (pelo menos até agarrar o gajo, depois pode assumir a sua verdadeira identidade de lontra). E obviamente que prefiro ver um homem a comprar um bom desodorizante do que um de marca roscoff. E também não ia ficar muito bem impressionada se visse um rapaz por quem tivesse um fraquinho a comprar um chá para a prisão de ventre... Seria too much information para uma relação que ainda nem tinha começado.
Como vêem, isto de fazer compras não é um mero acto do quotidiano... É uma verdadeira Ciência do Amor!

domingo, 29 de julho de 2012

Viva a cafeína!

Estava eu há bocado deitada no sofá sem fazer nada, quando uma grande soneira se apoderou de mim. Em vez de fazer aquilo que a maioria das pessoas normais faria (fechar os olhinhos e bater uma sorna) levantei-me e fui beber um café. Agora continuo deitada no sofá sem fazer nada, mas é um "fazer nada" com muito mais vigor!

Acho que finalmente me aceitei como sou

Estive a arrumar o armário e percebi que deixei de ter a pretensão de organizar a roupa por cores e texturas. Já não me importo que haja um par de calças brancas no meio das de ganga, desde que as calças estejam todas no mesmo sítio. Já não faço tanta questão de separar os casacos de malha das gabardines. Sei que se abrir a porta da direita os casacos estão todos lá e isso basta-me. Finalmente compreendi que não posso querer ser o que não sou: uma pessoa organizada. Ainda que hoje arrumasse as camisolas todas por cores, amanhã já estariam as amarelas misturadas com as azuis, não há nada a fazer. A partir de agora, o objectivo máximo de organização vai ser evitar que apareçam t-shirts na gaveta das cuecas. Se conseguir isto, vou considerar-me uma pessoa muito feliz!
E pronto, não há motivos para tristezas! Eu posso não ser o cúmulo da organização, mas sou boa em outras coisas... Não fazer nada, por exemplo, é uma coisa para a qual tenho um talento muito especial! Desde pequenina que sou assim e nem sequer preciso de fazer esforço! Nasceu comigo, pronto! É daquelas coisas que ou se tem ou não se tem! Sou uma privilegiada!

Tulicreme, meu grande traidor!

Na semana passada fui para casa da minha avó materna, que mora numa cidade com praia. Foram os primeiros dias de praia que tive este ano e, consequentemente, os primeiros em que voltei a vestir o biquíni desde o Verão passado. Ora, eu já sabia que tinha engordado 2 kilinhos nos últimos dois meses, mas tinha andado a assobiar para o lado até à hora em que voltei a vestir aquelas duas demoníacas peças de pano. E pensei "Não senhora, isto assim não pode ser!! É assim que queres ganhar o concurso Miss Barriguinha Sexy 2012? Desta maneira não chegas lá! Fecha a boca, minha avantesma!"
E pronto, comecei um regime alimentar bonitinho, com muita fruta, barras de cereais, zero gelados e zero bolas-de-berlim, acompanhado de longas caminhadas. Enfim, uma grande chatice! Mas eu aguentei firme, até para evitar que um qualquer canal televisivo abrisse a emissão com um "Notícia de última hora! Lontra dá à costa em praia portuguesa!". Era feio enganar assim os meios de comunicação. 
Até que, quando regressei a casa, feliz da vida porque de certeza que já tinha emagrecido umas 100 gramas, abri o armário da cozinha e... Foi aí que o vi. Refastelado na prateleira do meio, a olhar para mim com a maior cara de pau estava... A embalagem de Tulicreme que a minha mãe tinha comprado antes de irmos de férias. Aquele grandessíssimo filho-da-mãe estava mortinho por arruinar todos os dias de sacrifício pelos quais eu passei. Ele sabe que eu tenho um fraquinho por ele, eu até já o confessei aqui no blog, neste post. E em vez de retribuir o meu amor e se pôr a milhas da minha casa para eu conseguir cumprir o meu objectivo, não! Pôs-se ali, bem à vista, a tapar propositadamente as gelatinas, para eu não me pôr a comer essas coisas saudáveis e o escolher a ele. Que grande traidor...
Mas já resolvi o problema: acabei com ele em três tempos! Agora sim, posso prosseguir com a minha dieta em paz! E quanto a ti, Tulicreme... Vais provar o sabor da minha vingança! Vou trocar-te por Nutella e vou comê-la à colherada mesmo à tua frente! Hás-de sofrer tanto quanto me fizeste sofrer a mim. Mas para já podes dormir descansado... Infelizmente, só te posso fazer isso quando perder os tais 2 kg... Mas o dia vai chegar! Podes-te ir preparando!

sábado, 28 de julho de 2012

Pessoas que eu admiro

Todos nós temos uma listinha de pessoas que nos inspiram, não é verdade? Seja pelas suas qualidades humanas, capacidades profissionais ou pelo que quer que seja, elas motivam-nos a fazer mais e melhor e temos por elas uma verdadeira admiração. Da minha lista, constam nomes como Nelson Mandela, Zeca Afonso, Fernando Nobre (sim, eu sei que houve aquela palhaçada de ele ter ido para o PSD e tal, mas uma pessoa não se pode esquecer do percurso anterior a isso), uma data de pessoas anónimas para o público em geral e mega especiais para mim em particular e, mais recentemente, o Guilherme. E perguntam vocês "Quem é o Guilherme?" e eu respondo-vos: é o filho do José Castelo Branco. "Ora, e porque raio é que tu admiras o filho do José Castelo Branco, que deve ser um betinho de primeira?" e eu esclareço-vos: porque, meus amigos, eu conheço muita gente muito querida e carinhosa para com os pais (eu própria nem me considero má bisca enquanto filha), mas como este rapaz nunca vi ninguém! Convenhamos que ter um pai (pai? Ou mãe? Ou mais-ou-menos?) assim não deve ser nada fácil por si só, quanto mais ainda aceitar aparecer nas revistas abraçado a ele! Isto é das coisas mais amorosas que eu já vi um filho fazer por um pai. Este Guilherme deve ser uma jóia de moço! E há uns meses ainda disse numa entrevista que não se importava nada que o pai usasse saltos altos. Que mentiroso adorável. Raparigas casadoiras que me lêem, vocês fisguem-me este homem! Eu não posso porque já sou uma moça comprometida, mas se não fosse mudava-me já para Lisboa sem pensar duas vezes! O Gui é um rapaz capaz de fazer uma mulher feliz, acreditem no que vos digo. Aliás, ele parece conviver bastante com o pai, por isso já deve estar bastante habituado aos caprichos femininos. Agora vamos todas rezar para que não tenha herdado os genes do progenitor no que toca à bichite aguda, se não qualquer dia também nos aparece aí de lábios pintados e as portuguesas perdem mais um bom partido, o que era uma grande pena. Claro que nem tudo é perfeito e tem o grande inconveniente de terem de levar com o Castelo Branco como sogra, perdão, sogro, mas olhem, azarucho! Não se pode ter tudo! E com sorte ele ainda vos deixa assaltar o guarda-roupa do pai, que aposto que tem uma colecção de sapatos e bijuteria muito melhor do que a de qualquer uma de nós!


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Homens deste país, tenho uma coisa para vos pedir

Antes de mais quero dizer que compreendo muito bem que aquela sensação de ter uma ranhoca entalada na garganta não seja nada agradável. Mas seria exigir muito de vocês pedir-vos que parem de mandar escarretas para o chão em plena rua e à luz do dia? Eu percebo que uma pessoa tenha as suas necessidades, mas eu também fico muitas vezes apertadinha para fazer chichi e nunca ninguém me viu a baixar as calças em plena via pública para fazer o servicinho ali mesmo, à vista de toda a gente! Ora, se eu consigo controlar a bexiga até alcançar um sítio apropriado para a esvaziar, estou certa de que vocês também encontrarão outros espaços agradáveis para libertarem a vossa nhenha interior. Eu confio em vocês e sei que são capazes! Palavra de honra que ainda não percebi se vocês fazem isso porque acham que não tem mal nenhum ou se consideram que tal prática vos faz parecer mais machos. Se for esse o caso, tenho a dizer-vos que não... Isso é só... Pronto, a modos que nojento. Uma javardice, estão a ver? Nem sei o que é que me causa mais fastio: se é estar a passear muito descansadinha da vida e de repente ouvir um sonoro "Raaaaaaaaaccc" seguido daquele tão característico e agradável som da cuspidela, se é avistar no meio do passeio uma poça de saliva ainda burbulhante, acompanhada daquela massa esverdeada, tão linda. A sério, vocês deviam mesmo parar de fazer isso. Até porque estudos estatísticos altamente fidedignos comprovam que 80% das mulheres que lêem este post torcem o nariz enquanto dizem "blhec!" e eu estou certa de que nenhum homem que se preze quer tal expressão de nojo dirigida a si, vinda de uma mulher. Como vêem, isso não vos dá charme nenhum. Só vos dá um ar badalhoco. Parem com isso, por favor. PAREEEEM!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Eu às vezes acho que faço figurinhas tristes...

... Mas depois vejo a Cláudia Vieira a fazer de Lurdinhas nos Ídolos e sinto-me logo muito melhor.


(A coisa até podia ter funcionado um bocadinho melhor se ela não mandasse aqueles agudos. Parece a Cristina Ferreira, credo!)

Ser impaciente: a melhor técnica para poupar uns trocos

Hoje entrei numa loja da qual gosto muito, disposta a desgraçar-me monetariamente em troca de uns trapinhos giros. Assim que lá meto o pé vejo uma fila enoooorme na caixa. Perante isto, tinha duas opções: ou vinha embora sem pagar, ou esperava. A primeira opção pareceu-me chata, porque se algum dia inaugurar o meu registo criminal, que seja por alguma coisa com mais estilo do que surripiar umas pecitas de roupa. A segunda opção pareceu-me ainda mais chata, portanto virei costas e fui à minha vidinha. Acho que senti o meu porta-moedas a dar pulinhos de alegria dentro da carteira. Sim, é um porta-moedas cheio de personalidade.

Mas pelo menos comprei numa outra loja um biquíni que faz as minhas mamas parecerem maiores do que realmente são! Uma espécie de silicone por apenas 20€! Se não é a isto que chamam de "grandes oportunidades", não sei a que será...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Às vezes perco a fé na humanidade

Estava eu hoje muito descansadinha da vida a apanhar sol no lombo numa praia portuguesa, com certeza, quando ouço a voz de um rapazinho a dizer "Olha, o gajo pôs a bandeira vermelha! Oh, vamos na mesma, de certeza que é só para assustar o pessoal!"

Ai, que nadador-salvador levado da breca, pensei eu. Deixa cá ver como é que está o mar, aposto que, para o rapaz ter ficado tão indignado, deve estar um laguinho!
Não estava. Estava feio, encrespado, cheio de ondas cruzadas. Quando olho para o lado, vejo que o autor da frase já não era propriamente um rapazinho como eu achava. Tinha uns 19 ou 20 aninhos, mais do que idade para ter juízo. Do auge da minha crueldade momentânea, pensei "vai, atira-te! Se te acontecer alguma coisa, só se perde um idiota". Eu juro que não sou nenhuma insensível e claro que não queria que acontecesse nada ao pobre moço, mas irritam-me estas pessoas! Nadadores-salvadores? Aaaah, são uns exagerados! Limites de velocidade? Eh pá, só servem para chatear o pessoal! Avisos de perigo nas mais variadas circunstâncias? Oh, isso é para fraquinhos, mas como eu sou o maior não me acontece nada! Pois, claro. Depois queixem-se.

E hoje o jantar vai ser criancinha grelhada na brasa!

Que se danem as palavras mágicas "se faz favor", "com licença" e "obrigado". Que se lixem as boas notas, as birras e as manhas com a comida. Quando eu tiver um filho, a primeira coisa que lhe vou ensinar e exigir é que não corra na praia quando estiver a passar por entre as toalhas das outras pessoas. Tudo o resto é bónus!

Vá, não fiquem chocados com o título do post. Eu gosto de criancinhas, a sério! São todas muito lindas e fofinhas, bilu-bilu. Menos as que me atiram areia para cima.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Os arrepiantes segredos do Cristianinho


Hoje passei por um quiosque que tinha exposta a TV 7 Dias, que esta semana tem como principal atracção os segredos do filhote do nosso craque CR7. Dando asas à minha veia de cusca, abrandei a marcha para poder ler o que dizia na capa (tudo muito discretamente, que eu não posso ser vista em público a ler as capas destas revistas, há toda uma reputação a manter). Estava sinceramente à espera de ler qualquer coisa do tipo "Escândalo! Filho de C. Ronaldo não gosta de Nestum de mel!", mas afinal não. Parece que é muito mais grave que isso: o Cristianinho, já com dois anos de existência... Só fala português! Mas como é que isto é possível?! Como é que uma criança de 24 meses só fala uma língua e, ainda por cima, a língua do país onde vive e do qual é cidadã? O mundo está realmente perdido. Cristiano Ronaldo, tu vê se te atinas e é se não queres ser acusado de negligência, que com dois anos já eu era como o gato maltês, tocava piano e falava francês. Inscreve-o no mandarim, que é a língua do futuro. Ou então ele que aprenda a língua da mãe dele, seja ela qual for. Ah, aproveita e mete-o também num curso de pintura (o gosto pela cultura deve iniciar-se precocemente) e noutro de culinária, porque é mais do que suposto uma criança de dois anos já saber fazer um fantástico strogonoff para o jantar e aposto que o teu puto nem estrelar um ovo sabe!

Sabemos que temos ar de pelintras quando...

Vamos a passear por Albufeira com o nosso namorado e reparamos que somos os únicos turistas a quem a senhora que está à porta de um restaurante todo chique não alicia para entrar. Lá estava ela, a chamar toda a gente, a mostrar a cremalheira toda, a exibir o cardápio e quando nós passamos ela olha para nós, faz um ar de hesitação e dirige-se a quem vem atrás.
Juro-vos que me apeteceu ir levantar 100 eurecos, voltar lá, abanar as notas tipo leque à frente dela e dizer "Oooolha, minha grandessíssima pindérica! Como vês eu também tinha dinheiro para ir comer cataplana de marisco e vol au vent e suflê no teu restaurante da treta, ´tás a ver? Aliás, era mesmo o que me estava a apetecer! Mas se achas que não tenho pinta suficiente para isso, vou antes ali ao McDonald's, que ao menos lá não discriminam ninguém. Mas só mesmo por isso!". Depois virava costas fazendo o cabelo esvoaçar atrás de mim (estão a ver a ideia, não estão?), empinava o nariz e começava a caminhar à top model, direitinha ao multibanco mais próximo para voltar a pôr os 100€ no sítio deles, que a vida está cara.

Pronto, não se pode dizer que a senhora não tenha faro para os clientes... De facto, ela estava coberta de razão: nós não íamos mesmo comer no restaurante dela. Enfim, prioridades! Mas caramba, quer-se dizer, uma pessoa faz um esforço para andar bem parecida e depois é isto! Cambada de elitistas!
Vá, e não fiquem invejosos, que eu não ando a passar o rabiosque por Albufeira, isto já foi no ano passado. Se bem que não me importava nadinha inha inha de estar lá neste momento...

Eeeeeissh, que preço espectacular!

Ora então vamos lá, quem nunca caiu na esparrela do "Preço fantástico: apenas 2,99€!" que atire a primeira pedra! 
Eles estão em todo o lado: no supermercado, nas lojas de electrodomésticos, pendurados nas peças de roupa... E o pior é que a malta cai no engodo, compra o artigo e ainda sai da loja toda satisfeita, a pensar "eheheh, mal posso esperar por contar a toda a gente que comprei um LCD por este preço... Isto das promoções é comigo! Papo-as a todas!". Eu falo por mim: quantas vezes não dei por mim a pensar "199€?? Que promoção do catano!", focada no número 1 e mandando passear os 9's. Depois comecei a constatar que era uma grande patinha e tentei passar a ser mais crítica em relação a isso. Tudo bem que são estratégias de Marketing, toda a gente precisa de ganhar o seu e na verdade eles não estão a enganar ninguém, o preço está lá e só cai quem quer. Mas não deixa de me irritar um bocadinho ver aqueles preços nos grandes cartazes das lojas, escritos a vermelho num fundo amarelo fluorescente como que a dizer-nos "estimado cliente, se não aproveitar esta grande promoção é porque tem caca de galinha no lugar do cérebro!". Dá uma certa vontade de lhes torcer o pipo. De os mandar pastar para o meio das vaquinhas dos Açores. De nunca mais fazer compras naquele estabelecimento. Mas depois era chato, porque na verdade todos fazem isso. Bando de artistas!

Mas fiquem sabendo que é uma coisa que me deixa completamente irritada! Ok, completamente se calhar não... Talvez só 99,9%...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O tempo, essa coisa tão relativa...

Dez anos é muito tempo... Em dez anos muita coisa acontece: um bebé passa a ser quase adolescente, os estilos musicais da moda alteram-se, os casamentos começam e acabam (para isso nem são precisos dez anos, três meses hoje em dia bastam), os homens feios tornam-se bonitos e, infelizmente, alguns bonitos também se tornam feios... Uma década parece uma eternidade!...

...Excepto no que toca ao intervalo entre as vacinas do tétano. Nessas circunstâncias, dez anos passam a correr.

Felizmente levei com ela (credo, isto soa tão mal) no ano passado, por isso agora só volto a passar por isso daqui a nove anitos... Que vão passar a correr, pois claro.

Não dói?? Não dói o caraças!

Coisas que me irritam solenemente

Peças de roupa que são mais trabalhadas do lado do avesso do que do lado que se vê. Uma pessoa pega numa simples camisa azul e vê que no forro ela tem florzinhas, rendinhas, botõezinhos... E eu pergunto: qual é o objectivo, se isso não se vai ver? Senhores das lojas, se eu for uma pessoa simples e quiser apenas uma camisa toda azul, vou estar pouco me lixando para se ela tem ou não tem um forro bonito, portanto só tenho a agradecer-vos se pouparem nesse tipo de "panisguices" para ela ficar mais barata e eu pagar menos por ela. Por outro lado, se eu gostar muito de rendas e florzinhas, vou querer que elas estejam no lado de fora da camisa e não no de dentro. Por favor, tenham mais atenção a isso, porque eu já estou farta de correr para peças de roupa que me parecem mesmo ter o padrão que eu estou à procura e depois... É o forro.

Até me faz lembrar aquele saudoso dia de praxe académica no qual os "Doutores" me mandaram vestir as calças do avesso e depois, ao verem o quão bonitos eram os forros dos bolsos das ditas cujas (tinham uns desenhos e eram todos coloridos... Enfim, eram mais giros do que as calças em si), me mandaram gritar "Obrigada doutores por me terem dado a oportunidade de exibir o forro das minhas calças". Caloiro sofre...

domingo, 22 de julho de 2012

E ainda dizem que os portugueses não são um povo optimista!

Desculpem lá amiguinhos, mas isso é uma total, completa e absoluta mentira! Podemos ter o fado, podemos andar todos com cara de quem anda a ser roubado (ups, e andamos mesmo!), mas somos do mais optimista que há! Não há povo que seja tão bom a tentar ver alegrias onde elas simplesmente... Não existem! Ora reparem:

Exemplo nº1: Casamento molhado é casamento abençoado.
Aposto que esta pérola foi inventada por algum convidado de um casório num dia em que chovia a potes e que, perante a noiva desgostosa, a mãe do noivo agarrada à prima Emília a chorar como se não houvesse amanhã, o pai da noiva a lamentar a fortuna gasta no copo d'água chiquíssimo numa quinta com jardins lindos de morrer (que isto de comer croquetes ao ar livre é outra pinta), decidiu inventar qualquer coisa para consolar esta gente toda. Na verdade, casamento molhado é apenas uma grande chatice. São as senhoras que escorregam nos saltos altos, é a noiva que fica com o vestido cheio de lama, são as fotos que não ficam tão bonitas. Abençoado uma ova! Mas pronto, conta a intenção.

Exemplo nº2: Sonhar com a morte é sinal de vida
É. É isso. E também é sinal que se calhar não é muito boa ideia ver filmes de terror antes de ir dormir.

Exemplo nº3: Encontraste uma aranha atrás da cama? Isso é bom, significa que vais ter sorte!
Hmm, pois, acho que não. Se calhar significa só que devias ir limpar o quarto, porque até as aranhas já estão ver nele o habitat ideal. Vassoura a postos!

Somos ou não somos uma cambada de optimistas, hein?

sábado, 21 de julho de 2012

Aaaaahh, como é bom estar de férias!...

Pois é, finalmente estou de férias! Provavelmente (e é bom que assim seja) estas serão as últimas férias de Verão verdadeiramente grandes da minha vida. Sabendo isso, estive durante toda a época de exames a sonhar com os planos de programas bestiais que ia fazer durante este mês e meio. Nos meus sonhos, eu ia à praia todos os dias. E ia combinar todos os cafés em atraso com todos os amigos que não vejo há meses. E ia fazer grandes jantaradas cá em casa, com caipirinhas e sangria fresca, que iríamos degustar para o pátio das traseiras enquanto víamos as estrelas e conversávamos sobre o sentido da vida. E ia aos saldos, onde iria sacar grandes promoções em peças absolutamente lindas, que me ficariam todas a matar. E ia tratar de começar a ler e seleccionar os artigos para a tese. E ia conduzir mais. E ia arrumar o armário e organizar a roupa por cores, tão bonitinho que ele ia ficar. Enfim, iam ser umas férias do catano!

E efectivamente ainda posso fazer isto tudo... Mas o dia de hoje, o primeiro Sábado das minhas férias, foi passado a dormir até horas tão indecentes que até tenho vergonha de escrever aqui. E depois peguei nos tais artigos da tal tese, mas o que fiz foi apenas mudá-los de sítio, da mesa de cabeceira do quarto para o sofá da sala, onde passei o resto da tarde em frente ao computador, num estado de acentuada dormência cerebral, a ver coisas sem piada. A minha pele continua tão branca como estava em Dezembro. E ainda não peguei no telemóvel para combinar qualquer coisa com os velhos amigos simplesmente porque me sinto demasiado preguiçosa para me vestir, arranjar, pegar no carro e ir viver a vida. Que coisa tão triste, estou a escrever isto e as lágrimas correm-me pela cara. Não, por acaso não correm, mas deviam, que isto é mesmo deprimente! Alguém que me mande um par de estalos, faxabor!

Mas pelo menos hoje à noite vou ver a Idade do Gelo 4. Na sessão da meia-noite, como eu gosto. E com um bocadinho de sorte ainda apanho uns raios de lua e fico com um bronzeado para lá de espectacular! Declaro oficialmente iniciadas as minhas férias de Verão!

O orgulho é uma coisa muito má!

Não, não estou prestes a dar-vos uma lição de moral. O que quero mesmo fazer é dar-vos uma lição de vida que eu aprendi quando tinha apenas quatro anos.

Tenho uma irmã mais velha que eu seis anos, quase sete. Se hoje em dia esta diferença não se nota assim tanto, quando éramos pequenas era colossal: ainda eu não sabia falar decentemente, já ela estava quase a entrar na adolescência. Isto fazia com aos meus olhos ela fosse uma espécie de heroína e tudo o que ela dizia ou fazia para mim era lei. Por outro lado, isso fazia de mim uma presa fácil para ser gozada em grande estilo.

Um belo dia estávamos as duas na sala, eu brincava e ela escrevia os convites que ia entregar aos amigos para a festa do seu 11º aniversário. Depois de os escrever, começou a colocá-los nos envelopes e a lambê-los para os fechar. Eu, que nunca tinha visto tal coisa, fiquei super intrigada a olhar. E o diálogo que se seguiu foi este:

Eu: que estás a fazer?

Irmã: A lamber estes envelopes, porque são muito bons. Sabem a morango!

Eu: A sério?!?

Irmã: Sim! Queres experimentar?

Eu nem pensei duas vezes. Corri para a mesa e atirei-me a um dos envelopes, pensando que aquilo devia ser uma espécie de "Push Pop" (aqueles chupa-chupas que estavam na moda na altura), mas em forma de papel. Qual não foi a minha decepção ao perceber que aquilo não sabia a morango coisa nenhuma, pelo menos a mim! Tinha apenas aquele sabor mauzinho de todos os envelopes. Mas se a minha irmã sentia aquele sabor, porque é que eu não havia de sentir? Era menos que ela, por acaso? Logo me apressei a dizer:

- Hmm, que bom!

Irmã: É, não é? Podes lambê-los a todos, se quiseres. Eu não me importo!

Dito isto, aquela grandessíssima sacana levantou-se da mesa para ir fazer qualquer coisa mais divertida e eu lá fiquei a lamber duas dezenas de envelopes com um sabor horrível, apenas porque não tive coragem de dar parte de fraca e dizer que aquilo sabia tanto a morango como as iscas de fígado! Já para não falar daquele pensamento infeliz que me invadia a mente: "se a ela lhe sabem a morango porque é que a mim não? Ooooh..."

E pronto. Foi assim que aprendi que o orgulho é realmente uma coisa muito má e que nos faz fazer figuras muito tristes...